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Tendências em energias renováveis para os próximos 10 anos

Perspectivas de transformação no setor energético global e o papel da inovação tecnológica na expansão das fontes limpas | Imagem: Pexels

 

O setor de energias renováveis deve passar por mudanças estruturais até 2035, impulsionado por metas globais de neutralidade de carbono, avanços tecnológicos e reconfiguração dos modelos de geração e consumo. A descentralização energética continuará como vetor central, com a expansão da geração distribuída, integração de microrredes e maior autonomia para consumidores residenciais, rurais e empresariais.

 

A solar fotovoltaica seguirá como protagonista, impulsionada pela redução contínua dos custos e pelo desenvolvimento de tecnologias como telhados solares integrados e sistemas flutuantes. A energia eólica também tende a crescer, especialmente em projetos offshore, que já ganham escala na Europa e começam a ser estruturados no Brasil. O armazenamento de energia, especialmente via baterias de lítio e soluções de segunda vida para baterias veiculares, será essencial para dar estabilidade à intermitência das fontes renováveis.

 

Outro movimento relevante é a digitalização das redes, com sistemas de gerenciamento inteligentes, uso de inteligência artificial para previsão de demanda e monitoramento em tempo real, e a consolidação de modelos peer-to-peer de comércio de energia. A eletrificação da mobilidade e a integração entre veículos elétricos e redes domésticas (V2G – vehicle to grid) também tendem a alterar profundamente a relação entre energia e transporte.

 

Nos próximos anos, o foco não estará apenas na geração, mas na otimização, eficiência e inteligência do uso da energia. Isso exigirá não apenas investimento em infraestrutura, mas também novos modelos regulatórios, estratégias de financiamento acessível e capacitação técnica em todos os elos da cadeia. A transição energética, nesse cenário, não será um evento isolado, mas um processo progressivo de redesenho do sistema energético global.