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Do Nikola Tesla até a geração distribuída: a trajetória da energia elétrica no mundo

Entenda como a energia elétrica evoluiu e se transformou em um dos pilares da sociedade moderna Imagem: Freepik

 

Antes da luz

Durante séculos, a humanidade viveu sob a luz do fogo, do sol e das estrelas. As noites eram escuras, os trabalhos limitados ao horário solar, e os meios de transporte e comunicação funcionavam sem qualquer ajuda de energia elétrica. A eletricidade, embora já observada em fenômenos naturais como raios e descargas de animais elétricos (como as enguias), era vista como um mistério da natureza.

 

As primeiras faíscas de conhecimento

A curiosidade sobre a eletricidade começou a ganhar forma com cientistas como William Gilbert, no século XVI, que cunhou o termo “eletricidade” ao estudar propriedades de corpos atritados. No século XVIII, Benjamin Franklin provou que os raios eram formas de eletricidade com seu famoso experimento da pipa.

 

A partir daí, nomes como Luigi Galvani e Alessandro Volta aprofundaram o conhecimento sobre eletricidade e corrente elétrica. Volta, inclusive, foi o criador da primeira bateria elétrica, a “pilha de Volta”, em 1800, um grande marco que abriu caminho para o uso controlado da eletricidade.

 

A luz elétrica e o início da era moderna

No final do século XIX, a eletricidade passou de teoria à prática com um dos maiores saltos tecnológicos da história: a invenção da lâmpada elétrica. Embora Thomas Edison seja o nome mais lembrado, muitos outros contribuíram para essa conquista. A lâmpada tornou possível a iluminação pública, a expansão do trabalho para além do dia e, principalmente, o início da eletrificação das cidades.

 

Tesla, Edison e a guerra das correntes

Nesse mesmo período, o embate entre Thomas Edison (defensor da corrente contínua) e *Nikola Tesla (idealizador da corrente alternada) ficou conhecido como a “guerra das correntes”. Tesla, com o apoio de George Westinghouse, provou que a corrente alternada era mais eficiente para transmitir energia a longas distâncias e foi essa tecnologia que moldou o sistema elétrico que usamos até hoje.

 

A evolução das fontes de energia

Durante boa parte do século XX, a eletricidade foi gerada majoritariamente por fontes fósseis, como carvão, gás natural e petróleo. Essas fontes contribuíram para o desenvolvimento industrial, mas deixaram um legado de impactos ambientais.

 

Com o tempo, surgiram alternativas mais limpas: hidrelétricas, energia eólica, solar e biomassa. A preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de diversificar a matriz energética impulsionaram o avanço das energias renováveis, que hoje ganham cada vez mais espaço nas redes de distribuição.

 

A era da geração distribuída

Nos últimos anos, vivemos uma nova transformação. A energia elétrica deixou de ser algo centralizado, gerado por grandes usinas, e passou a ser produzida em menor escala, por meio de cooperativas de energia, como a Opção Energia. Isso é o que chamamos de geração distribuída.

Um caminho que começou com cientistas, passou por revoluções industriais e hoje chega a modelos mais sustentáveis, descentralizados e colaborativos. A história da eletricidade é, no fim das contas, a história da modernidade. E ela continua sendo escrita, cada vez mais perto de nós.