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A evolução da energia solar no Brasil: de 2012 até hoje

Uma análise do crescimento da geração distribuída fotovoltaica a partir da regulamentação da Aneel e os desdobramentos que transformaram o setor energético nacional | Imagem: Freepik

 

A energia solar fotovoltaica no Brasil passou por uma transformação significativa desde 2012, quando a Aneel regulamentou a geração distribuída por meio da Resolução Normativa 482. Naquele momento, a possibilidade de gerar energia a partir do sol e injetá-la na rede elétrica era uma inovação pouco acessível, com menos de mil conexões no país. A partir de 2015, a combinação entre redução dos custos dos equipamentos, incentivo de linhas de financiamento específicas e aumento nas tarifas energéticas impulsionou a adoção da tecnologia.

 

O crescimento se consolidou com a revisão da norma em 2015, permitindo o modelo de geração compartilhada, como consórcios e cooperativas, além da ampliação do prazo de validade dos créditos de energia. Esse movimento viabilizou o acesso de pequenos consumidores à geração distribuída, especialmente em regiões com menor densidade populacional ou grande vocação agrícola. Em 2022, o Marco Legal da Geração Distribuída (Lei nº 14.300) trouxe segurança jurídica ao setor, com regras claras sobre a compensação de energia e prazos para transição das condições anteriores.

 

Atualmente, o Brasil possui mais de 2,5 milhões de unidades consumidoras com geração distribuída, com capacidade instalada superior a 26 GW. A maior parte dessa energia vem da fonte solar, especialmente em sistemas instalados em telhados residenciais e propriedades rurais. O avanço não está apenas na expansão numérica, mas na consolidação de uma cadeia produtiva nacional, no desenvolvimento de novas tecnologias de microinversores e em soluções integradas de armazenamento.

 

A evolução da energia solar no Brasil reflete um processo regulatório contínuo, uma adesão crescente da sociedade e a busca por maior autonomia energética frente à volatilidade do sistema convencional.